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As contas tortas da direita atacam a população

O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Aveiro considera que as contas da direita não se endireitam e qualquer que seja o seu estado é sempre conseguido com o ataque aos interesses da população. Nelson Peralta, que falava em conferência de imprensa, apontou ainda o caso de Ílhavo onde Ribau Esteves deixa um presente envenenado para, no mínimo, os próximos 14 anos.

Num momento em que a coligação PSD/CDS-PP apresenta a prestação de contas em Aveiro e em que os PAEL - “planos de resgate” às autarquias - estão já em vigor, nomeadamente em Ílhavo, o Bloco de Esquerda aponta as "contas tortas da direita". Contas que não se endireitam, opções erradas cuja factura é passada a toda a população.

Nelson Peralta começou por destacar que o balanço positivo, apresentado pelo Executivo de Élio Maia, é artificial. Por um lado o cálculo não leva em conta os encargos futuros dos negócios das águas (AdRA e Águas do Vouga). Por outro a redução de gastos pela autarquia conseguiu-se à custa de cortes em subsídios de férias dos funcionários da câmara e pela não atuação da edilidade na melhoria de pavimentos e na necessária resposta à crise, à criação de emprego e à situação social.

Diz o bloquista que “se, ao invés de atacar a população, se atacassem as regalias e privilégios dos negócios ruinosos ter-se-ia poupado muito mais que o saldo positivo apresentado”. A venda das piscinas, dos armazéns gerais e do protocolo com a Refer são exemplos gritantes desses negócios. Nelson Peralta aludiu à quadratura do círculo das contas da direita: “com a direita no poder as contas pioram por negócios que vão contra o interesse público e quando melhoram é à custa do ataque aos funcionários camarários e à população em geral.”

O presente envenenado em Ílhavo

O candidato bloquista falou ainda do “presente envenenado” que Ribau Esteves deixou à autarquia de Ilhavo ao aderir ao PAEL, um plano de resgate a 14 anos com taxas de juro superiores às aplicadas a Portugal pela Troika. Ribau Esteves, por ora candidato do PSD à Câmara de Aveiro, passa para a mão do município ilhavense uma “bomba-relógio”, hipotecando-o assim por mais de uma década. O resgate, poderá obrigar ao aumento de impostos, das taxas e tarifas municipais para os valores máximos.

Em Aveiro a maioria PSD/CDS rejeitou o recurso ao PAEL. Percebe-se agora que não foi para proteger a população, mas sim para poder criar novas parcerias público-privadas como é o caso da concessão do estacionamento por 60 anos. “A direita quando escolhe aderir ao PAEL e quando escolhe não aderir ao PAEL é em prejuízo da população. É novamente a quadratura do circulo” conclui Nelson Peralta. O candidato acrescentou ainda que é hora de cortar com o passado, de dizer basta a políticas que assaltam o rendimento das famílias e que comprometem os serviços prestados à população.“ Aveiro tem de ser governada para o interesse público e para as necessidades dos aveirenses”, conclui.