BE: Concessão do estacionamento por 60 anos é escandalosa

O executivo PSD/CDS-PP lançou o concurso para a concessão do estacionamento de superfície em Aveiro e para a construção de mais quatro parques de subterrâneos. O BE reitira a sua oposição ao negócio, defende a sua anulação e critica uma governação ao saber dos grandes negócios de final de mandato.

O Bloco de Esquerda reitera a sua oposição à concessão do estacionamento por 60 anos e à construção de quatro parques de estacionamento subterrâneo. O BE considera que o negócio coloca em causa, por seis décadas, a decisão democrática sobre mobilidade e urbanismo em Aveiro. O BE considera ainda que o negócio hipoteca as finanças, as receitas e o futuro de Aveiro e dos Aveirenses.
 
O BE considera que o executivo PSD/CDS-PP não tem a legitimidade, ainda para mais em final de mandato, de vincular Aveiro e os Aveirenses a um negócio para os próximos 60 anos, 15 mandatos autárquicos. A falta de transparência e legitimidade do negócio é agravada com a fuga de Élio Maia ao escrutínio e à informação à Assembleia Municipal e à sociedade.
 
Com esta decisão, a governação de Aveiro apresenta agora a marca dos últimos dias, onde se criam as últimas oportunidades de grandes negócios. O BE repudia a tentativa do executivo PSD/CDS-PP aproveitar os últimos dias do seu mandato para realizar negócios desta dimensão e que têm tudo para se revelarem ruinosos para o município.
 
O BE recorda que os parques de estacionamento subterrâneos na cidade têm uma baixíssima taxa de ocupação pelo que o negócio não serve nem a necessidade social nem a população. Este negócio coloca a cidade dependente da mobilidade automóvel quando nem sequer existe a necessidade de quatro parques de estacionamento subterrâneo. Parece tratar-se de um negócio que apenas se serve a si próprio e não aos cidadãos. O BE defende a imediata anulação do concurso público e a desistência do negócio.
 
Note-se que o Presidente da Câmara, Élio Maia, terá 119 anos no final da concessão que agora lança. Este facto denota o ridiculo e a falta de legitimidade da decisão do PSD/CDS-PP.