
A candidatura do Bloco de Esquerda escolheu abrir o período de campanha eleitoral com uma iniciativa nas antigas piscinas. Os candidatos do Bloco colocaram nas instalações uma mensagem pelo regresso das piscinas. “Exigimos que a Câmara Municipal de Aveiro lute com todos os meios ao seu dispor, inclusivamente os judiciais, para anular a venda do terreno e para trazer as piscinas de volta ao usufruto público”, declarou Nelson Peralta, candidato à Câmara Municipal.
Nelson Peralta criticou o negócio. “O terreno, avaliado em 8 milhões de euros foi vendido, pela calada da noite, pelo Presidente Élio Maia por 1,2 milhões de euros ao Beira-Mar. Passado uns minutos, nessa mesma noite, foi revendido pelo clube a uma imobiliária por 2,4 milhões de euros. O dobro! Como se isto não bastasse a autarquia não recebeu o pagamento do terreno. Estamos a falar de um negócio absolutamente ruinoso: a autarquia fica sem o terreno e sem o dinheiro, a população fica sem a única piscina olímpica do distrito”, avaliou.
“Este negócio é reflexo da promiscuidade política-futebol-construção civil. O Bloco é o único partido em Aveiro que não caiu nesse caldeirão, uma autêntica porta giratória entre os cargos na Câmara e Assembleia Municipal e os cargos nos órgãos diretivos e sociais do clube. O Bloco mantém-se na defesa intransigente do interesse público”, garantiu Nelson Peralta.
O protocolo que permitiu a venda do terreno das piscinas foi aprovado por PSD, CDS e PCP. O deputado municipal do Bloco, Nelson Peralta, foi o único que na Assembleia Municipal alertou para a evidência de que o terreno seria certamente revendido a um preço muito superior, tal como veio a acontecer. “O Bloco sempre alertou para este desfecho. Isso mostra que o voto no Bloco é um voto extremamente útil. Quem vota no Bloco sabe que pode contar com a defesa do que é de todos. Sabe que pode contar com a denúncia dos negócios ruinosos. Sabe também que pode contar com propostas concretas para os problemas concretos. É o caso. Queremos as piscinas de volta. Os aveirenses não podem pagar pelas aventuras de um Presidente de Câmara e de eleitos que não respeitam o interesse de todos e todas”.