
O Bloco de Esquerda esteve hoje em contacto com a população no Mercado de Santiago e nas ruas de Aveiro. Uma das preocupações da candidatura abordada hoje foi a resposta social e o combate à pobreza, em que o atual executivo tem falhado completamente.
Nelson Peralta considera que "é essencial que as autarquias implementem um modelo social de inclusão e que permita eliminar desigualdades. No entanto, o executivo PSD/CDS tem feito precisamente o contrário: aumento dos impostos e redução dos serviços públicos. As pessoas ficam mais desprotegidas e fragilizadas. É necessário inverter esta caminho".
No combate à pobreza a direita também tem falhado. "O próprio executivo PSD/CDS previa atribuir 328 mil euros em ação social - o que já era insuficiente -, mas na verdade apenas investiu 11 mil euros. É vergonhoso. Uma taxa de execução de 3,5% quando as receitas dos impostos foram ainda mais que o previsto (120%). A direita em Aveiro só sabe cobrar impostos".
O Bloco de Esquerda propõe a criação de um serviço municipal de ação social, atualmente inexistente. Quer também criar equipas de pequenas reparações que possam responder a necessidades nas habitações de idosos carenciados. "Cada vez há menos combate à pobreza em Aveiro. Precisamos abandonar essa política regressiva e dar uma resposta efetiva à população", afirmou o candidato bloquista.
"A atual resposta à pobreza é inexistente e o seu modelo é inaceitável. Atualmente, duas pessoas na mesma situação pode resultar em uma ser apoiada e outra não. É discricionário e todo o poder está no poder político. A direita usa o apoio social como uma relação de poder. É essencial romper esse caciquismo. Queremos alterar esta situação e criar mecanismos automáticos e transparentes de apoio que respondam às pessoas mediante critérios claros e objetivos dos seus rendimentos", defendeu Nelson Peralta.
O candidato à Câmara Municipal deu um exemplo concreto. "Há em Aveiro quem não tenha condições para pagar a conta da água e vai à Câmara pedir para que lhe seja paga. Na Câmara podem decidir como bem entendem em relação a cada caso, sem qualquer transparência. Não pode ser assim. Propomos a criação de um tarifário social da água em que automaticamente as pessoas abaixo de determinado patamar de rendimentos seja incluída. É uma questão de justiça social e de transparência".