MoveAveiro: Élio Maia desistiu de Aveiro

O Bloco de Esquerda reuniu hoje com o STAL (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local) sobre a intenção do executivo PSD/CDS-PP de entregar as rotas mais lucrativas da MoveAveiro a uma empresa privada já identificada. Recorde-se que esta é já uma intenção antiga do executivo de Élio Maia: em 2009 fora aventada a possível concessão à mesma empresa.

Esta é mais uma prova de que Élio Maia desistiu de Aveiro e dos aveirenses e que não têm uma única ideia para o município. Não se trata de uma concessão, mas sim de desistir das carreiras mais lucrativas da MoveAveiro e entregar esse serviço de mão beijada a uma empresa privada sem nada em troca e sem sequer passar pelo crivo de um concurso público. A MoveAveiro manterá apenas as carreiras com menos procura, procedendo contudo a alterações desses percursos, unificando vários num zig zag interminável. Recorde-se que o executivo PSD/CDS-PP aprovou recentemente a concessão por 60 anos da outra grande receita da MoveAveiro: o estacionamento pago no município.

Élio Maia assume a liderança nacional nos despedimentos nas autarquias. A sua decisão levará ao despedimento imediato de cerca de 40 trabalhadores e mais tarde de um total de 90. A história recente da MoveAveiro é marcada pela má gestão do PSD/CDS-PP e da sua equipa de administração. Como corolário dessa má gestão desiste-se do serviço e dos aveirenses em benefício de uma empresa privada.

O acordo de desistência prevê um prazo de dois anos, pelo que no final deste prazo está aberta a porta a todo o abuso. Esta decisão assume-se como a machadada final no serviço público de transporte público de Aveiro mas também nas contas do município.

O BE lamenta que Élio Maia conduza este negócio nas costas dos Aveirenses. O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro mantém total secretismo sobre o negócio ao mesmo tempo que na MoveAveiro o seu conselho de administração já deu ordem para a próxima escala de Inverno ser de acordo com o novo figurino. O BE lamenta que Élio Maia esteja a tentar concluir o negócio em tempo recorde em Agosto de forma a evitar o escrutínio público e a participação dos trabalhadores do serviço público e dos aveirenses em geral.

O BE assume uma forte oposição à destruição do serviço público de transporte colectivo de Aveiro. Os negócios que lesam a população têm que ser travados.