
Em conferência de imprensa, Nelson Peralta alertou para a perigosidade dos acessos na antiga lota e para o aumento da área de betão ambicionada pelo PSD/CDS na revisão do PDM.
A administração do porto de Aveiro colocou vários letreiros na antiga lota a dar conta que se trata de uma área privada e a declinar qualquer responsabilidade por acidentes que aí possam ocorrer. "Esta zona não pode ser o faroeste", classificou o candidato bloquista. "Não é possível que uma área de acesso público, nomeadamente a crianças para a prática de desportos náuticos, esteja tão desqualificada que seja de risco. Não é admissível que entidades públicas como o porto e a autarquia se desresponsabilizem ao invés de criarem soluções". O candidato lembrou que a autarquia acordou com privados a construção de acessos, mas que não o consegue fazer com outra entidade pública.
Para o candidato à Câmara Municipal este é mais um exemplo da forma como é feito o ordenamento do território em Aveiro. As infraestruturas públicas, como passeios, estradas e iluminação pública não são feitas quando são necessárias para a população mas sim e apenas aquando do investimento privado e só por causa deste. Há outros casos no concelho de avenidas com mais de 10 anos que ainda não têm passeios, onde as pessoas são expostas a riscos completamente desnecessários. Os passeios só são feitos quando se constrói um prédio. Um concelho não pode ser governado desta forma. As políticas públicas tem que servir a população".
Nelson Peralta abordou ainda a revisão do PDM que lamentou estar a ser feito em segredo, com Ribau Esteves a esconder os seus planos da população. "As políticas do PSD/CDS em Aveiro são de tal forma de desregulação do ordenamento do território e de incentivo à especulação imobiliária que até uma entidade pública como o porto de Aveiro tem a expectativa que a revisão do PDM tire espaço público à zona da antiga lota e permita mais betão. É uma política errada. O concelho de Aveiro pode acolher milhares de pessoas nos próximos anos com a recuperação de casas degradadas e tem imenso espaço para expansão urbana. Não é necessário sacrificar a qualidade de vida e o espaço público apenas em nome do lucro privado".