A Segurança Social decidiu encerrar a Casa Alberto Souto, lar para jovens delinquentes que acolhia 16 adolescentes. Na casa tinham apoio 24 horas/dia, acompanhados por técnicos especializados, para a sua reabilitação, ao nível de criação de vínculos afetivos, emocionais e a criação de hábitos e rotinas familiares, para além da obtenção da escolaridade obrigatória.
O Bloco de Esquerda considera o encerramento da Casa Alberto Souto um ataque aos serviços públicos e uma violência aos jovens aí institucionalizados. A situação é ainda mais grave já que no país existe uma enorme falta deste tipo de equipamentos , estando mais de uma centena de jovens à espera de vaga.
Os jovens foram enviados para dois lares no Alentejo geridos por instituições particulares de solidariedade social. Este é mais um caso de desinvestimento no serviço público e de entrega dos mesmos a instituições privadas.
Os trabalhadores da Segurança Social tem sido alvo do Governo, com processos de requalificação, reduzindo o serviço público e aumentando o desemprego. O encerramento da Casa Alberto Souto é mais uma linha na política do governo, com graves consequências para os jovens nestas situações que precisam de apoio e de proximidade à família.
A Casa, inserida numa área de 3 hectares em Aradas, propriedade do Ministério da Justiça está a receber obras de arranjos sendo que o Ministério foi já abordado por instituições interessadas no edifício. O Bloco considera estes dados preocupantes.
O Bloco de Esquerda contesta ainda a falta de pagamento aos educadores subcontratados pela Segurança Social para trabalhar na Casa Alberto Souto. Não só foram contratados de forma precária como ainda têm o salário de fevereiro por receber.
O Bloco de Esquerda vai dirigir questões sobre o encerramento da Casa Alberto Souto e a falta de pagamento dos salários ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.